quinta-feira, 11 de março de 2010

Turbine seu cérebro para passar em concursos.

Você já ouviu falar em autossabotagem? Sabe seu significado? Pode ser até que você não saiba definir, mas com certeza já passou por momentos em que decidiu fazer algo e na hora H agiu de outro modo. Isso é autossabotagem!
Dentro os vários motivos que levam as pessoas em geral, e muitos concurseiros, a buscarem o treinamento para melhorarem suas performances, o campeão é a autossabotagem, que atua:
- intensificando o medo;
-potencializando a ansiedade;
-criando armadilhas, empecilhos e obstáculos imaginários;
-bloqueando setores da vida (como o afetivo, o profissional, o acadêmico e o intelectual);
-impedindo a disciplina e a organização;
-alimentando a desordem mental e a tendência à procastinação.

O que se vê é que, muitas vezes, quando nossos planos não dão certo, não é a Lei de Murphy a culpada, mas sim o inimigo que existe em nós mesmos.

O que se ouve no segmento de concursos públicos é: “para passar é preciso sacrifício” . A cultura disseminada é a de que a conquista da aprovação só ocorre perante renúncias, privações de lazer e de tempo com a família e amigos. Conseqüência: como a principal finalidade do nosso cérebro é atuar na preservação da espécie, ele identifica “sacrifício” como uma ameaça, e, por isso, bloqueia nossas capacidades para “passar em concurso” (fato identificado por ele como gerador do mal-estar). Daí vivenciarmos um estado de confusão, o baixo desempenho, o branco na hora da prova.
Paralelamente, se a idéia é de que somente com sacrifício consegue-se o resultado esperado, inconscientemente você buscará todas as dificuldades e obstáculos para se sacrificar, tornando sua trajetória de concurseiro a mais penosa possível. Daí vem o risco: o simples pensamento de executar algo penoso diminui drasticamente nosso desempenho. Isso é responsável pela dificuldade em aprender.
Na prática, tudo o que repetimos e vivenciamos com frequência tende a se transformar num paradigma. Por isso o ideal é avaliar constantemente nossas referências, mudá-las e programá-las de modo que se tornem eficientes. Aí vão algumas dicas:

1º) Não diga “É PRECISO muito SACRIFÍCIO para passar em concursos”. Repita: “eu DECIDI me DEDICAR aos estudos para concursos”. Assim você assume o controle da situação, porque passa a ser uma decisão sua, e não uma necessidade ou obrigação. Além disso o termo “dedicar” (oferecer-se com afeto) dá ao cérebro um estímulo de prazer. Resumindo: Quando vier à sua mente a idéia de “sacrifício”, inverta-a para a de “dedicação”.

2º) Não utilize palavras opostas ao que se deseja. Evite falar “é difícil”, “não consigo”, “não é para mim”, pois o cérebro age como se fosse esse o caminho a seguir. Então, abandone as idéias irracionais, que vão em direção contrária à de seus objetivos.

3º) Policie seus pensamentos de derrota, porque eles reduzem sua autoestima e comprometem seu desempenho.

4º) Disciplina não é um ato, e sim um hábito – o que você habitualmente faz e o que habitualmente pensa.

Dedique-se aos seus planos. A dedicação ativa uma região do cérebro responsável pela sensação de recompensa, contribuindo para a produção de substâncias que geram os sentimentos de motivação e prazer. Fique atento aos paradigmas limitantes, alinhe seus desejos e suas idéias. Com pensamentos e comportamentos em sintonia, você terá todas as chances de concretizar seus sonhos.
"Boas práticas”

(texto por Nanci Azevedo Cavaco – Psicopedagoga, neurocientista pós-graduada em máster practitioner em Programação Neurolinguística –NPA)