quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ENEM 1998 prova amarela

ENEM 1998 gabarito

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aprendendo a escrever um texto dissertativo



Normalmente uma redação dissertativa deve ser no mínimo organizada em quatro parágrafos: um de introdução, dois de desenvolvimento e um de conclusão.
INTRODUÇÃO
É uma mini-redação; a parte onde você irá evidenciar a tese da redação (o que será abordado) e os argumentos comprovadores dessa tese. Normalmente, um parágrafo de quatro linhas é suficiente para uma boa introdução (mas isso pode variar de pessoa para pessoa)
DESENVOLVIMENTO
É o corpo do texto, aqui você irá desenvolver os argumentos citados em sua introdução. Cada argumento será parafraseado em um tópico frasal (Frase núcleo). Essa frase deve ser justificada e exemplificada em seus argumentos. Um parágrafo de seis linhas em média é suficiente para cada parágrafo de desenvolvimento.
CONCLUSÃO
É o desfecho do texto. Você pode terminar retomando a idéia principal. Um parágrafo de quatro linhas em média é suficiente para uma boa conclusão.
Tópico frasal: É a idéia núcleo de um parágrafo argumentativo.
Um bom parágrafo argumentativo deve ser composto por um tópico frasal e suas justificativas e exemplificações.
Título redacional:
Normalmente a última coisa que se dá ao texto é o título. Isto é, com base no que você escreveu, você dará o título ao seu texto.
Um bom título redacional deve ser composto por um sintagma nominal.(Ok, mas… o que é isso?)
Chama-se sintagma nominal a estrutura sintático-gramátical formada por substantivo(s) + adjetivo(s) ou locução(ões) adjetiva(s).
Vale lembrar que NUNCA se deve atribuir o tema da redação ao título.
Exemplo:
Tema: Preservação da natureza e desenvolvimento: um convívio possível.
Provável título: Preservando o futuro.
Evite também, sempre que puder, colocar no título uma interrogativa, exemplo “Desmatar ou preservar?”
Coesão:
É o processo de união entre frases, períodos e parágrafos. É importante que no texto suas idéias estejam bem ligadas umas às outras.
É bom lembrar que em um texto dissertativo-argumentativo:
1- nunca se deve usar a primeira pessoa (eu, nós). Quem escreve deve ter uma visão de fora, não pode se incluir, ainda que no dia a dia esteja incluído naquela situação.
2- Nunca se deve começar uma frase com próclise (pronome antes do verbo). Exemplo de próclise: “Me dá tua mão”. O correto é sempre começar uma frase com ênclise (pronome após o verbo), exemplo: “Dá-me tua mão”.
3- Não é raro acontecer que a banca que elabora a redação proponha o seguinte: “Redija um texto dissertativo-argumentativo expressando sua opinião sobre o tema abordado”. Nesse caso, em hipótese alguma (Nunca, never, jamais) comece o texto com “Eu acho”; “Eu creio que”; escreva seu texto normalmente, como se ele nunca houvesse pedido sua opinião, mantendo-se de fora do que escreve, pois ao escrever, aquela certamente é a sua opinião, do contrário você não teria por que escrevê-la.
4- Mantenha sempre o padrão culto da língua e evite usar palavras difíceis demais que possam deixar o texto cansativo, pois você mesmo pode acabar se enganando na hora de escrever, além de que pode tornar-se extremamente pedante para a banca. Não se envolva com o texto.
5- Criatividade é algo que pesa na banca, nenhuma receita de bolo pode superá-la.
EXTRA: Colocação pronominal (Regras gerais)
Próclise, mesóclise e ênclise.
1-Próclise: Pronome antes do verbo.
É obrigatória: diante de palavra negativa (ex.: “Não me venha com essa!”)
Diante de conjunção subordinativa, pronomes: relativo (que, o qual, etc.) e demonstrativo (esse, este, aquele) (ex.: “espero que me ame”; “Esse me parece um bom rapaz”)
Em frases exclamativas (ex.: “Deus te ouça!”)
Em frases interrogativas;
Em orações optativas (que expressam desejo)
2-Ênclise: Pronome depois do verbo.
É obrigatória: em início de período(frase) (ex.: “Ofereço-te meu coração”);
Pausa marcada pela vírgula ou por ponto e vírgula (ex.: “Na sociedade atual, percebe-se um grande egoísmo”)
3-Mesóclise: Pronome no meio do verbo.
É obrigatória: Em início de período e em orações marcadas por ponto vírgula ou ponto e vírgula quando o verbo encontra-se no futuro do presente (ex.: Eu irei, Tu irás, etc.) ou no futuro do pretérito do indicativo (ex.: Eu iria, Tu irias, ele iria, etc.).
Exemplos: “Sentar-me-hei aqui” (Sentarei – Futuro do presente do indicativo)
“Caso tivesse dinheiro, dar-te-ia um presente” (Daria – futuro do pretérito do indicativo)
Boa sorte nessa prova. Só tenho um conselho a dar que eu acho que você já sabe muito bem: Normalmente a redação pesa na hora da nota então é sempre bom começar sua prova pela redação. Seria bom também que você procurasse alguns temas na internet para escrever porque escrever é o melhor modo de treinar. Não adianta nada eu te dar toda uma receita de bolo se você não treina.

Abaixo temos o exemplo de uma redação da prova discursiva para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, para o cargo de Analista Judiciário Área Administrativa.

PROVA DISCURSIVA
• Nesta prova — que vale dez pontos —, faça o que se pede, usando o espaço indicado no presente caderno para rascunho.
Em seguida, transcreva o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado,
pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos.
• Qualquer fragmento além da extensão máxima de trinta linhas será desconsiderado.
• Na folha de texto definitivo, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha
qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.
Redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
A importância do controle orçamentário e financeiro no âmbito da justiça eleitoral.
No texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
_ obrigatoriedade ou conveniência da adoção de condições e critérios para o emprego de recursos pela administração
pública;
_ características peculiares à estrutura e ao modo de funcionamento do Poder Judiciário e de seus órgãos;
_ controle e transparência nas prestações de contas à sociedade em geral.

(É recomendável que no início de sua introdução você evite usar os termos “nos dias de hoje”, “atualmente”, “hoje em dia”, etc. Pois tornou-se tão comum para a banca que corrige as redações, encontrar estes termos no início das redações que, dependendo da banca, você poderá até mesmo ter pontos descontados)
A administração pública tem sob sua responsabilidade a gestão de recursos públicos. Dessa forma há a necessidade de critérios na alocação destes. Para que haja uma maior transparência na prestação de contas destes gestores públicos é necessária a intermediação do poder judiciário.
Sem a adoção de condições para o emprego destes recursos a administração pública pode agir de forma patrimonialista, utilizando o bem público como patrimônio próprio, fazendo assim mau uso do dinheiro público. Assim sendo, a obrigatoriedade da prestação de contas e critérios para o uso destes recursos são instrumentos que norteiam uma boa administração pública.
O poder judiciário é competente para julgar desvios administrativos das contas públicas com base na norma na forma de lei. Os tribunais eleitorais julgam os candidatos a cargos públicos com base na declaração de seus bens antes de eleitos. este critério permite ver se há desvio , mau uso do dinheiro público , enriquecimento ilícito, ou ainda se há interesses de classes dominantes em caixa de campanha eleitoral.
Os tribunais de contas são órgãos fiscalizadores das contas públicas e quando existe algo em desacordo com a lei, cabe ao superior tribunal julgar a questão. Esta estrutura existe para que os gestores tenham controle em seus gastos e apresentem suas contas da forma mais transparente possível para a sociedade em geral.

(Apesar de ser a conclusão, é melhor que não se termine com “podemos concluir”, “conclui-se” etc, pois esta JÁ É a conclusão, então já trata do que se conclui, não é preciso dizer, além do que, tornou-se tão comum para a banca encontrar conclusões iniciadas desta forma que você poderá ter até mesmo pontos descontados)

É de suma importância que haja um controle orçamentário e financeiro da administração pública. Em primeiro lugar para que tenhamos segurança de que o dinheiro público está sendo utilizado com critério e em benefício da sociedade e em segundo lugar para que nossos administradores possam estar restringidos em suas ações ou atos administrativos.

(By Júlia Silva e Edelman José)